Em jogo válido pela 3ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B de 2019, o Sport não conseguiu sair do empate novamente.
Enfrentando um Figueirense em situação idêntica na tabela (2 empates em 2 jogos), o time rubro-negro encontrou bastante dificuldade na criação das jogadas desde o início da partida. O time catarinense veio ao Recife com intenção e proposta de jogo bastante claras: jogar fechadinho, com o time bastante compacto no campo defensivo, fechando os espaços do rubro-negro, em busca de somar mais um ponto no campeonato. Diante deste cenário, Guilherme e Ezequiel tiveram produção ofensiva bastante abaixo do normal, sendo encaixotados pela marcação adversária e errando nas tomadas de decisões. Da mesma forma, os laterais do Leão, Raul Prata e Norberto, não encontraram espaço para chegadas na linha de fundo dificultando ainda mais as ações ofensivas do Sport. Pelo meio Sammir buscava dar dinâmica à posse de bola pernambucana, girando o jogo e buscando alternativas interessantes para a sequência das jogadas, mas teve pouco apoio dos volantes leoninos que participaram de forma bastante tímida da fase ofensiva rubro-negra. Com tudo isso, Hernane foi praticamente inutilizado pelo sistema defensivo do Figueirense, não tendo sequer uma boa chance de finalização durante toda a partida. Os catarinenses, por sua vez, não demonstravam ímpeto ofensivo ao recuperar a posse da bola, sendo facilmente combatidos pelo bem postado sistema defensivo do Leão.
Apenas perto do fim do primeiro tempo e no início do segundo tempo, o atacantes leoninos passaram a arriscar chutes de fora da área, tentando finalizar mais rapidamente suas jogadas, primeiro com Guilherme, depois com Juninho, que entrara em seu lugar. A melhor chance de gol da partida surgiu dessa forma: após passe longo do meio-campo rubro-negro, Juninho dominou a bola na entrada da área adversária e buscou o ângulo esquerdo do goleiro Dênis em um chute colocado que passou próximo ao travessão, mas manteve o zero no placar.
As mudanças feitas pelo Figueirense na segunda etapa, que buscavam dar mais velocidade e força ofensiva, não surtiram qualquer efeito. Pelo lado pernambucano, as entradas de Yago na vaga João Igor e de Pedro Carmona (estreando pelo Sport) no posto de Sammir, dificultaram ainda mais a dinâmica do setor de ataque leonino, resumindo os últimos 25 minutos de partida a uma boa cabeçada do próprio Yago após bom cruzamento de Carmona.
No final, uma partida com apenas 4 finalizações no gol (3 do Sport e 1 do Figueirense) e nenhuma chance clara de gol, não poderia ter outro resultado senão o 0x0. Para o Sport fica o gosto amargo de mais um empate em casa e da terceira partida sem vitória no campeonato, além do alerta para a busca de diferentes soluções ofensivas para jogos enfrentando adversários totalmente retraídos e compactos defensivamente, o que deve ser a tônica dos jogos na Ilha do Retiro nessa Série B. Para o Figueirense o alento de mais um pontinho somado fora de casa e o desafio de tentar algo mais nas próximas partidas se a equipe almejar objetivos maiores na competição.
