
Após a vitória do Sport diante d o América-MG no último domingo as discussões entre a torcida leonina sobre o meia Sammir se intensificaram. Uma parte considerável dos rubro-negros parecem certos de que o jogador não deve seguir como titular da equipe, pois o meia vem dificultando o jogo ofensivo do Leão.
O fato é que Sammir é um dos jogadores mais técnicos e inteligentes do grupo atual, possivelmente o mais qualificado nesses quesitos. Sua visão de jogo e capacidade de rotacionar a posse de bola são diferenciais importantes para um meia. Apesar disso, o jogador ainda não conseguiu contribuir objetivamente para o jogo ofensivo do Sport, somando zero gols e assistências, além das poucas finalizações a gol.
Outro fato: Sammir é, hoje, um atleta que joga numa rotação diferente do restante da equipe. O tempo que passou sem atuar, aliado aos seus 32 anos de idade parecem ter tirado a agilidade e velocidade de outros tempos e, após 264 minutos jogados na Série B, a falta de ritmo de jogo não parece mais ser uma justificativa plausível para isso. A presença do brasileiro naturalizado croata em campo até o momento só tem ajudado ao Leão cadenciar seu jogo, às vezes até demais, e isso tem tirado bastante da velocidade do ataque do Sport. Como se viu no domingo, a sua saída e a ida de Guilherme para o meio-campo deu outra vida à criação rubro-negra.
No entanto, apenas quatro partidas para um jogador que estava sem jogar há mais de um ano não me parecem ser suficientes para um veredito absoluto. Mais duas ou três chances como titular devem ser o ideal para observar se o encaixe entre a qualidade técnica e a cadência do meia e a velocidade dos pontas Ezequiel e Guilherme finalmente ocorrem, ou se o jogador deve passar a ser opção para situações específicas, e testes com Leandrinho ou Pedro Carmona, ou ainda a volta de Guilherme para a armação passem a ser realizados no time titular.
